top of page

CINCO COISAS QUE VOCÊ NÃO SABIA SOBRE TDAH

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é um dos diagnósticos neuropsiquiátricos mais comuns. A presença do TDAH está associada à menor rendimento acadêmico e profissional, desemprego e até mesmo, acidentes de trânsito! 1. O TDAH é uma doença da infância?



O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é um dos diagnósticos neuropsiquiátricos mais comuns. A presença do TDAH está associada à menor rendimento acadêmico e profissional, desemprego e até mesmo, acidentes de trânsito!


1. O TDAH é uma doença da infância?

Embora haja muitas controvérsias, o consenso hoje é que o TDAH só se desenvolve na infância na infância [1]. Contudo, 1/3 destas crianças continuará a ter o transtorno quando adultos. Muitos deixarão, portanto, de preencher os critérios diagnósticos com o passar dos anos [2].


2. O que vem primeiro?

É muito comum, principalmente em adultos, a presença de outras doenças que se desenvolveram pela presença do TDAH. Os indivíduos com TDAH tem risco quase três vezes maior de abusar de drogas ilícitas, principalmente maconha [3]. É bastante comum, também, a presença de depressão, ansiedade e mais ainda de transtorno explosivo intermitente.


3. Acidentes?

Pacientes portadores de TDAH não tratado tem risco aumento de acidentes de trânsito e isto pode ser cortado quase pela metade com o tratamento adequado [5].


4. A alimentação influencia?

A alimentação geralmente não modifica o comportamento de maneira drástica. Contudo, alguns indivíduos, principalmente crianças, podem apresentar pequenas alterações de comportamento em resposta à determinados alimentos. O consenso hoje é que não há indicação para modificação da dieta no tratamento do TDAH [5].


5. O que exatamente o tratamento faz?

O tratamento do TDAH visa reduzir os sintomas. Comumente, os médicos e psicólogos aplicam escalas, e delas resulta um valor que reflete a gravidade dos sintomas. Consideramos que o paciente respondeu quando os sintomas reduziram, ao menos, pela metade. Adicionalmente, as metas do tratamento incluem melhora do convívio social, melhora da performance acadêmica e melhora das habilidades sociais [5].



Dr. Helton Cavalcanti

25 de abril de 2017

1. American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition (DSM-5), American Psychiatric Association, Arlington 2013.

2. Wender PH, Wolf LE, Wasserstein J. Adults with ADHD. An overview. Ann N Y Acad Sci 2001; 931:1.

3. Lee SS, Humphreys KL, Flory K, et al. Prospective association of childhood attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD) and substance use and abuse/dependence: a meta-analytic review. Clin Psychol Rev 2011; 31:328

4. Chang Z, Quinn PD, Hur K, et al. Association Between Medication Use for Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder and Risk of Motor Vehicle Crashes. JAMA Psychiatry 2017; 74:597.

5. Subcommittee on Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder, Steering Committee on Quality Improvement and Management, Wolraich M, et al. ADHD: clinical practice guideline for the diagnosis, evaluation, and treatment of attention-deficit/hyperactivity disorder in children and adolescents. Pediatrics 2011; 128:1007.


24 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


Dr. Helton Cavalcanti

Dr. Helton Cavalcanti

É médico psiquiatra, diretor do Instituto. Possui mestrado em Educação em Saúde, além de MBA, e outras pós-graduações em instituições como USP e UNIFESP.

bottom of page